No início dos anos 80, Hugo França abandonou sua carreira como engenheiro industrial em São Paulo para estar mais perto da natureza, se mudando para Trancoso, Bahia. Testemunhando de perto a rampante destruição da Floresta Atlântica local o impactou sobremaneira, motivando seu trabalho atual como designer. França reverencia as árvores recuperadas por ele como sua maior inspiração; ele trabalha intuitivamente, permitindo que seu processo artístico seja guiado pelas formas orgânicas naturais de cada árvore, valorizando seu caráter e história particulares através da mínima intervenção às suas características. O designer se utiliza apenas de pedaços de árvore já condenadas – seja naturalmente ou por atividade humana; Em suas mãos, troncos desprezados, raízes desenterradas e toras ocas são convertidos em um mobiliário escultural único. Notavelmente, as peças de França, que provêm da destruição da Floresta Atlântica, são um registro da inegável capacidade, resiliência e grandiosidade da natureza.